A complexidade por detrás da Crise Alimentar Global é maior do que se pode imaginar e, nos últimos anos, tem sido cada vez mais marcante o seu impacto na população mundial.
Para piorar esta situação esta Crise tornou-se um furacão quando embateu com outras crises, nomeadamente a Crise Financeira e Ambiental.
Quando se fala em Crise Alimentar já não é uma ideia direccionada apenas aos países em desenvolvimento, em que um dos seus grandes obstáculos sempre foi a fome. Esta ideia aparece, agora, relacionada com os países desenvolvidos, uma vez que tem havido uma subida significativa nos preços dos alimentos e, por essa razão, a capacidade financeira da população não tem conseguido acompanhar este aumento de valores, o que diminui a qualidade alimentar da população mundial.
Por volta de 2007 juntou-se à Crise Alimentar a Crise Financeira, que surgiu como uma bomba, agravando a situação precoce de muitas famílias a nível mundial.
Na altura era impensável para a população chegar ao ponto onde os recursos escasseassem e o dinheiro se evapora-se. Entendeu-se, então, que existia um problema grave por resolver. No entanto, pouco foi feito e os problemas foram agravando-se até à actualidade.
A estas Crises, junta-se a Crise Ambiental que também teve o seu boom por volta de 2007/2008, época em que a população mundial se deparou com a possibilidade das alterações climáticas serem consequências de uma má gestão de recursos, ou seja, foi por esta altura que a população começou a atribuir a culpa à humanidade e não a fenómenos naturais.
Com tudo isto, é possível referir que estas crises só existiram devido a grandes falhas no sistema global de produção de alimentos. Falhas estas que têm origem, principalmente, numa gestão pouco eficaz dos terrenos que a população tem à disposição para produzir alimentos. O mesmo acontece com o monopólio das grandes empresas que lideram os mercados e que eliminam a possibilidade dos pequenos agricultores conseguirem sustentar-se a partir deste negócio.
Estas falhas no sistema de produção de alimentos são agravadas devido ao crescimento da população mundial que tem vindo a ter proporções cada vez maiores, o que faz com que haja uma maior escassez de recursos.
Só para ilustrar esta ideia: de momento somos, aproximadamente, 7 biliões de habitantes e em 2040 seremos 9 biliões.
Números que fazem pensar na capacidade do nosso Planeta e na linha limite entre o habitável e o não habitável.
Deste modo, a população questiona-se, sobre o seu futuro, e como deve agir para que se possa melhorar esta situação de Crise alimentar/financeira/ambiental que só parece piorar a cada dia que passa.
Esta questão envolve instituições públicas e privadas, governos e cidadãos de todo o mundo. Todos devem trabalhar em conjunto para um mundo melhor, em que a fome não ataque 115 milhões de pessoas mas o menor número possível.