A FAO publicou o relatório "Impacts of Bioenergy on Food Security - Guidance for Assessment and Response at National and Project Levels", apresentando um conjunto de indicadores e metodologias para avaliar os impactos dos biocombustíveis na Segurança Alimentar.
Os biocombustíveis e a bioenergia continuam na ordem do dia, os seus impactos (provados e potenciais) ao nível socioeconómico e ambiental continuam a dar que falar. Apesar de toda a controvérsia um facto é universalmente aceite, o desenvolvimento desta indústria tem grandes impactos (positivos e/ou negativos) em todas as dimensões da segurança alimentar (disponibilidade, acesso, utilização e estabilidade).
Os biocombustíveis podem ser uma fonte estável de emprego e rendimento, criando oportunidades para o desenvolvimento em regiões empobrecidas. Mas investimentos mal concebidos ou mal geridos podem ter impactos profundamente negativos em áreas como o acesso à terra, a produtividade dos solos ou a disponibilidade de água, deteriorando muito rapidamente a segurança alimentar numa região ou país.
A avaliação dos potenciais impactos da bioenergia é altamente complexa, uma vez que inúmeros fatores contribuem para o resultado final. O tipo de cultura, a forma como é gerida a implementação dos projetos agrícolas, as características ambientais da região, o acesso aos mercados, o tipo de legislação existente e a capacidade para a implementar são apenas alguns dos muitos fatores a ter em conta quando se quer avaliar o impacto dos biocombustíveis (sobretudo) na segurança alimentar.
Para facilitar estes processos, a FAO publicou o relatório “Impacts of Bioenergy on Food Security - Guidance for Assessment and Response at National and Project Levels”. O documento apresenta conjuntos de indicadores e metodologias para avaliar o impacto (ao nível nacional e de projeto) dos biocombustíveis na segurança alimentar. Os indicadores foram desenvolvidos pela FAO com o acordo do GBEP (Global Bioenergy Partnership).
O relatório pode ser acedido AQUI.