A Concern Worldwide, o IFPRI (International Food Policy Research Institute) e a Welthungerhilfe lançaram o GHI 2012 (Global Hunger Index – Indíce Global de Fome). O relatório combina os dados mais recentes disponíveis sobre os indíces nacionais de malnutrição, nutrição infantil e de mortalidade infantil e para criar um retrato abrangente de como a fome está distribuída em todo o mundo.

Na segunda-feira, 15 de Outubro a Concern Worldwide, o IFPRI (International Food Policy Research Institute) e a Welthungerhilfe lançaram o GHI 2012 (Global Hunger Index – Indíce Global de Fome). O relatório combina os dados mais recentes disponíveis sobre os indíces nacionais de malnutrição, nutrição infantil e de mortalidade infantil e para criar um retrato abrangente de como a fome está distribuída em todo o mundo.

O relatório conclui que globalmente a fome mundial tem diminuído desde 1991. Enquanto o sul da Ásia fez rápidos progressos entre o primeiro GHI em 1991 e o segundo em 1996, o progresso abrandou significativamente na última década. Desde o terceiro GHI em 2001, a África Subsariana tem feito progressos significativos com a pontuação GHI caindo para valores inferiores aos do sul da Ásia. No entanto 20 países ainda têm pontuações GHI que são consideradas alarmantes ou extremamente alarmantes. E apesar de usar os mais recentes e atualizados dados disponíveis, o relatório de 2012 não leva em conta os mais recentes aumentos globais dos preços dos alimentos em 2011-12 ou todos os efeitos de desastres naturais recentes, como o terramoto do Haiti. Dois dos três países com pontuação considerada extremamente alarmante, Burundi e da Eritreia, estão na África subsaariana.

A segurança alimentar está intimamente ligada ao desenvolvimento global, como o crescimento da população, mudanças demográficas e a crescente escassez de recursos naturais essenciais torna mais importante do que nunca que os governos ajam de forma eficaz. O relatório insta os governos a adotar uma estratégia holística para combater a Fome, enfatizando como políticas de proteção dos solos, de gestão da água e acesso à energia são todas necessárias para abordar a segurança alimentar de cada país.

O relatório foi lançado em Londres, pelo Ministro Britânico que tutela as questões ligadas ao desenvolvimento internacional e o DFID, Alan Duncan. O ministro reafirmou o compromisso do governo britânico para acabar com a fome mundial, citando exemplos atuais do trabalho do DFID no Iêmen, Bangladesh e na Zâmbia. No último exemplo, o DFID está a utilizar a rede de distribuição da Coca-Cola para distribuir saquetas de reidratação e suplementos de zinco para as mulheres e crianças mais vulneráveis.

Klaus von Grebmer, investigador principal do IFPRI delineou as principais conclusões e limitações do relatório. Von Grebmer salientou que, embora o relatório oculte variações e desigualdades nacionais, é possível identificar algumas tendências marcadas ao longo dos últimos vinte anos. Ele observou que, desde 2001, todos os países que têm regredido, com exceção da Coreia do Norte, estão na África subsaariana.

Rose Caldwell, diretora executiva da Concern Worldwide UK, Burton Twisa, Diretor Assistente da Concern Worldwide para a Tanzânia e Tom Arnold, chefe executivo da Concern Worldwide, falaram sobre a importância do relatório, a existência de insegurança alimentar global e o papel dos governos e organizações não-governamentais na erradicação da fome. O Sr. Arnold observou a importância do trabalho do DFID, não apenas no aumento da quantidade de dinheiro disponibilizado como ajuda internacional, mas também ao persuadir outros governos a fazer o mesmo.

A mensagem avassaladora de todos os oradores e do próprio relatório, é que progressos moderados têm sido feitos, mas são insuficientes para a escala do problema. E, como o próprio relatório afirma:

"Há planeta suficiente para todos nós, se não o desperdiçarmos"

Para uma representação gráfica de cada país do relatório, por favor, mova o apontador para o mapa do país:

 

Aceda ao relatório completo em http://www.ifpri.org/publication/2012-global-hunger-index